Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações

Comunicado SNTCT Correios 1-2017

A PROPÓSITO DO COMUNICADO CTT “PCA E CEO Nº1” DE 7 DE FEVEREIRO DE 2017
PROPOSTA PARA A ELEIÇÃO
DOS NOVOS CORPOS SOCIAIS CTT EM 20 DE ABRIL
MAIS UMA DANÇA DE CADEIRAS… NUM “BAILINHO” QUE HÁ MUITO ESTÁ ARMADO!
DIZEMOS NÓS.

(Clique aqui para abrir a versão PDF »»» 2017_01 SNTCT CORREIOS )
Nomes sonantes mas todos arregimentados pelo poder dos accionistas, os conhecidos e os não conhecidos, os mesmos accionistas que os irão confirmar nas novas, pomposas e bem remuneradas funções.
Reconduzidos uns, conduzidos outros, mas todos com vista à condução da prossecução da descaracterização, com laivos de destruição, de uma empresa e de um serviço público (que foi e deveria continuar) de qualidade bem como de venda do seu património edificado, sempre, claro, em favor dos bolsos dos accionistas.
Os cuidados tidos, pelo então Governo PSD/CDS, na colocação dos seus boy’s e girl’s na “equipa” de Gestores Públicos que lideraram a empresa – no maquiavélico processo de privatização da mesma – continuam a dar frutos em favor dos accionistas e em desfavor dos cidadãos:
 Redução flagrante da qualidade do serviço postal, quer no atendimento (nas agora designadas “Lojas”), quer na distribuição domiciliária de correio (propositadamente não utilizamos a palavra diária relativamente à distribuição domiciliária porque, de diária, a mesma só vai tendo mesmo os pressupostos na Lei que não é cumprida);
 Redução flagrante da Rede Pública Postal – com a redução dos pontos de acesso á Rede (receptáculos, caixas e marcos de correio), das Estações e Postos de Correio e do número de trabalhadores afectos à execução do serviço postal – com um consequente e premeditado abaixamento da qualidade na prestação do designado Serviço Postal Universal (o mínimo dos mínimos do conceito de Serviço Público Postal);
 Desrespeito pelos cidadãos e pelos seus direitos previstos na Lei – atrasos de dias na distribuição do correio, localidades em que o Carteiro só já passa uma ou duas vezes por semana, quando passa, filas intermináveis nas Estações de Correio (as agora ditas “Lojas”), indisponibilidade de dinheiro nos balcões para pagamento atempado dos Vales de Correio relativos a reformas e pensões;
 Redução do número de trabalhadores e consequente sobrecarga de serviço – são números e os números não enganam – o que leva a uma má prestação fundamentalmente do Serviço Postal Universal:
 Nos Centros de Distribuição Postal assiste-se à redução de trabalhadores e logo da qualidade da distribuição domiciliária de correio, mesmo sem contarmos com os agenciamentos de Giros de Distribuição é uma evidência o número de “Giros em Dobra” com carácter sistemático e contínuo. O crescendo do número de partes de doente/baixas médicas por estafa e de acidentes de serviço/trabalho provocados por giros de dezenas de quilómetros e material deficiente, são a face mais visível do estado calamitoso a que se chegou nos CDP’s.
Nos CDP’s é também confrangedora a visível falta de material e condições de trabalho. São por demais conhecidas as motos e bicicletas “arrumadas” por falta de manutenção e a exigência de que os trabalhadores façam os giros a pé, por vezes giros de 20 e 30 quilómetros.
 Nas Estações de Correio (ditas “Lojas”), fundamentalmente após a criação do Banco CTT, é flagrante a falta de trabalhadores para a execução do serviço postal, concomitantemente com os desvios de unidades para os balcões do Banco em que já era evidente a falta de trabalhadores mesmo antes do Banco. O estado de estafa a que muitos trabalhadores estão a chegar com o prolongamento de horários de trabalho (sem remuneração), porque o sistema a isso obriga. Além dos danos a nível pessoal e profissional estão já a ter reflexos também a nível dos agregados familiares dos trabalhadores, quer nos tempos de ausência quer na reposição de falhas decorrentes da grande pressão na execução dos serviços.
 Degradação dos níveis salariais dos trabalhadores CTT a bem do bolso dos accionistas – Enquanto os membros dos corpos sociais dos CTT são aumentados e premiados pelo seu desempenho em milhões de Euros, ao comum dos trabalhadores além de 0,30€ por dia propostos pela gestão da empresa como aconteceu em 2016, não aceite pelo SNTCT, o único caminho tem sido o da retirada ou tentativa de retirada de alguns dos já magros rendimentos do trabalho. Por exemplo a alteração de horários de trabalho, com prejuízos para a prestação do serviço, para que deixe de ser devido o pagamento de trabalho nocturno.
Ainda neste ponto há que ter em conta a poupança nos salários do comum dos trabalhadores, os que verdadeiramente movem e fazem crescer os CTT, para poder a gestão dos CTT gastar em mordomias tais como o novo-riquismo espelhado na frota de luxo à disposição de tudo o que é director e afim.
Interessantes ainda quanto a esta matéria são as palavras do Presidente da Comissão Executiva dos CTT que, segundo o Diário de Notícias/Lusa, terá afirmado em 18 de Janeiro, numa conferência da Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE), que, sic., “A inovação é um eixo crítico para a nossa economia e o modelo baseado em baixos salários acabou”. Caso para dizermos “Bem prega Frei Tomás”!

Assim, pelo atrás referido e pelo muito que aqui não referimos, continuem lá o “bailinho” e a receberem as mordomias devidas mas, se não for muito trabalhoso, tentem gerir a empresa de forma a:
• Respeitarem a lei e os cidadãos quanto à qualidade e prestação efectiva do serviço postal universal;
• Pagarem, aos trabalhadores dos CTT, se não estivermos a sugerir demais, de acordo com a excelente prestação de trabalho que todos os dias levam a efeito.

A Direcção Nacional do SNTCT

SNTCT – A força de continuarmos juntos!

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