CGTP-IN – 50 ANOS

50 ANOS CGTP

COMPLETAM-SE HOJE SOBRE O DIA EM QUE FOI FUNDADA A NOSSA CGTP-IN, A CONFEDERAÇÃO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES – INTERSINDICAL NACIONAL.

A Direcção Nacional do SNTCT saúda todos os Homens e todas as Mulheres que deram e vão continuar a dar corpo a este projecto imprescindível aos Trabalhadores e às Trabalhadoras Portugueses mas, também e há que não o esquecer, ao País.

CGTP-IN – UNIDADE SINDICAL!

SNTCT – A FORÇA DE CONTINUARMOS JUNTOS!

COMUNICADO MESA DA ASSEMBLEIA GERAL – 2-2020

ASSEMBLEIA GERAL DO SNTCT

19 de Setembro de 2020

em

Lisboa

 

CONVOCATÓRIA

Abre aqui o comunicado em formato PDF » » » 2020_02 SNTCT MESA DA ASSEMBLEIA GERAL

Nos termos dos Artigos 54.º, 55.º alínea J, 56.º Ponto 1.º, 57.º e 58.º dos Estatutos do SNTCT, publicados no BTE, 1.ª S, nº 4 de 29 de Janeiro de 2007 e das alterações introduzidas e publicadas no BTE, 1ª Série, nº 21 de 8 de Junho de 2015, bem como do Regulamento da Assembleia Geral que lhe é anexo, convoco os associados do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações a reunir em Assembleia Geral, em primeira convocatória, no dia 19 de Setembro de 2020, pelas 14 horas, no Auditório da UACS, R. Castilho 14, em Lisboa, com a seguinte ordem de trabalhos:

  1. Discussão e deliberação sobre o Relatório de Actividades e as Contas de 2019;
  2. Discussão e deliberação sobre o Plano de Actividades e o Orçamento para 2020;

Não estando presentes a maioria legal dos associados à hora indicada, ficam os associados convocados a reunir em Assembleia Geral meia hora depois, em segunda e última convocatória, no mesmo local e com a mesma ordem de trabalhos, funcionando a Assembleia Geral com qualquer número de associados presentes.

Nota: A Assembleia Geral realiza-se nesta data por via da Pandemia provocada pelo vírus Covid-19. Devido à necessidade de observarmos todas as medidas de protecção definidas durante a Pandemia os associados que participarem nesta Assembleia devem vir munidos de máscara de protecção e, respeitarem rigorosamente a organização de lugares pré-estabelecida na sala onde a mesma tem lugar.

Lisboa, 19 de Agosto de 2020

 

O Presidente

  da Mesa da Assembleia Geral do SNTCT

António José Gouveia Duarte

 

Auditório da UACS

  1. Castilho 14,

em Lisboa

PARTICIPA!

Iremos organizar transportes em autocarro de aluguer (de que comparticiparemos 80% do custo) a partir das diversas regiões onde o número de interessados o justifique. As Secções Regionais do SNTCT abrirão antecipadamente as inscrições para o efeito.

Atenção: Onde pelo número de inscritos não se justificar o aluguer de um autocarro qualquer outro tipo de comparticipação nas despesas de deslocação será analisada caso a caso mas, sempre, tratado antecipadamente sem o que não haverá comparticipação.

ATENÇÃO – MUITO IMPORTANTE

MEDIDAS PROTECÇÃO COVID-19

Devido à necessidade de observarmos todas as medidas de protecção definidas durante a Pandemia Covid-19 os associados que participarem nesta Assembleia devem vir munidos de máscara de protecção e, respeitarem rigorosamente a organização de lugares pré-estabelecida na sala onde a mesma tem lugar.

 

SNTCT – a força de continuarmos juntos!

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46º ANIVERSÁRIO DO SNTCT

1974 – 5 de Maio – 2020

O SNTCT foi fundado há 46 anos.

Abre aqui o Cartaz em formato PDF »»»CARTAZ 46 ANOS SNTCT

Vieram de todos os pontos do País, eram mais de 10.000 homens e mulheres os/as que naquele dia 5 de maio de 1974 encheram por completo o Pavilhão dos Desportos de Lisboa (Hoje Pavilhão Carlos Lopes) para, naquele dia, darem corpo àquilo que há muito ambicionavam e o regime fascista do Estado novo lhe tinha negado até então, até à Revolução de 25 de Abril de 1974 – criarem/fundarem o seu Sindicato. Um Sindicato vertical onde coubessem todos os trabalhadores dos Correios e Telecomunicações.

Nasceu assim o SNTCT.

Hoje, 46 anos volvidos, numa realidade diferente, num País diferente mas em que os problemas dos trabalhadores e os ataques de que são vítimas são os mesmos, a luta continua.CARTAZ 46 ANOS SNTCT

Manter os mesmos princípios de unidade e solidariedade, tendo sempre em vista a manutenção, conquista e a defesa de direitos dos seus associados em particular, e dos trabalhadores e das trabalhadoras portugueses em geral, nunca foi, não é nem jamais será um caminho fácil de trilhar..

Mas, citando o poema de Jorge Palma, intitulado “A gente vai continuar” e saudando todos os homens e mulheres que ao longo destes 46 anos deram corpo ao mais antigo e consequente projecto sindical dos trabalhadores dos correios, telecomunicações e actividades afins, sempre diremos;

“Enquanto houver estrada pra andar
A gente vai continuar
Enquanto houver estrada pra andar
Enquanto houver ventos e mar
A gente não vai parar
Enquanto houver ventos e mar”.

Viva o SNTCT!

SNTCT – A foça de continuarmos juntos!

1º MAIO 2020

1º DE MAIO

DIA INTERNACIONAL DO TRABALHADOR

LUTAR! DEFENDER A SAÚDE E OS DIREITOS DOS TRABALHADORES!

GARANTIR EMPREGO, SALÁRIOS, SERVIÇOS PÚBLICOS.

Ler o texto abaixo da nota sobre as comemorações e podes abrir aqui o manifesto em formato PDF » » » manifesto 1 maio 2020

Abre aqui o mapa das iniciativas 1º de Maio CGTP-IN em que o SNTCT se integra » » »MAPA 1º DE MAIO CGTP 2020

ATENÇÃO

COMEMORAÇÕES DO 1º DE MAIO

Este ano, devido às medidas de contenção por via da pandemia COVID-19, as comemorações do 1º de Maio vão decorrer de forma diferente do habitual.

A CGTP-IN já manifestou publicamente que não iremos realizar as manifestações, concentrações e desfiles. Não teremos a participação de centenas de milhar de trabalhadores e reformados que estarão solidários a partir das residências e locais de trabalho (os que trabalham nesse dia).

Mas, neste 1º de Maio, estaremos na rua, garantindo a protecção e o distanciamento sanitário de todos quanto participarão, afirmando o nosso protesto, as nossas reivindicações, a nossa luta.

Este ano a dimensão das acções é limitada, aqueles que estarão na rua representarão todos os trabalhadores.

Em Lisboa estaremos na Alameda D. Afonso Henriques e o SNTCT estará presente, tal como no Porto e em Coimbra, apenas com uma delegação de Dirigentes Nacionais e Delegados Sindicais das diversas empresas em que temos associados.

Apelamos por isso a todos(as) os(as) camaradas, nomeadamente os(as) reformados(as) e aposentados(as) que habitualmente participam na Manifestação/Desfile do 1º de Maio e que não estejam integrados na Delegação do SNTCT que, comemorem o 1º de Maio a partir das suas casas.

Sentiremos a falta do vosso abraço e da vossa participação mas, a protecção da nossa/vossa saúde está primeiro.

Para o ano lá estaremos todos juntos outra vez, demonstrando que tal como nos últimos 46 anos, SNTCT – A força de continuarmos juntos!

Vamos comemorar este 1º de Maio num momento de grande complexidade no País e no Mundo. A actual situação de pandemia inspira cuidados a todos, mas atinge de forma particular os trabalhadores.

São os trabalhadores que estão na linha da frente deste combate, assegurando os serviços de saúde e todos os serviços públicos e sociais, a produção e distribuição de bens e serviços essenciais, entre outras funções . Sem os trabalhadores nada funcional!

São também eles os mais afectados por respostas políticas  desequilibradas  e medidas que não têm em conta a garantia dos postos de trabalho e a totalidade dos salários, quando para as empresas se multiplicam as medidas e até se abrem portas para explorar mais os trabalhadores.

Depois de anos a fio de políticas de desinvestimento nos serviços públicos, de aprofundamento de um modelo de baixos salários, precariedade e ataque aos direitos dos trabalhadores por sucessivos governos do PS, PSD e CDS, as condições que existem para responder ao problema sanitário bem como à situação económica são mais frágeis.

As reivindicações da CGTP-IN assumem neste quadro, uma maior dimensão: urgência de revitalização do aparelho produtivo, investimento nos serviços públicos e funções sociais do Estado, combate e erradicação da precariedade e necessidade urgente de aumento geral dos salários. Só por via do cumprimento destas exigências é possível garantir a soberania do país e a saúde, os direitos, o emprego e salários dignos para todos os trabalhadores.

NESTE 1º DE MAIO VAMOS AFIRMAR O NOSSO PROTESTO, AS NOSSAS REIVINDICAÇÕES, A NOSSA LUTA!

PELOS DIREITOS, PELO EMPREGO, SALÁRIOS E SAÚDE!

  • condições de saúde segurança e higiene que protejam e salvaguardem os trabalhadores!

  • não podem ser os trabalhadores a pagar a factura desta situação!

  • medidas de efectiva e total protecção aos trabalhadores e às famílias!

  • garantir a manutenção de todos os postos de trabalho independentemente do vínculo!

  • garantir a totalidade dos salários dos trabalhadores!

  • a Constituição da República Portuguesa e os direitos são para cumprir!

CONTRA A EXPLORAÇÃO, PELA VALORIZAÇÃO DOS TRABALHADORES,

POR UM PORTUGAL COM FUTURO.

 

CGTP-IN /SNTCT

 

 

25 de Abril, sempre!

TRAZ ABRIL PARA A RUA, À JANELA!

No dia 25 de Abril, às 15H00, traz Abril para a Rua, à tua janela, cantando a Grândola e o Hino.

SNTCT –  A Força de continuarmos juntos!

 

GUIA CGTP-IN – COMO COMBATER COM DIREITOS O COVID-19

SIM, É POSSIVEL COMBATER, COM DIREITOS, O COVID-19.

A CGTP-IN elaborou um guia que, com toda a clareza, informa os trabalhadores sobre como combater, com direitos e sem prescindirem deles, o COVID-19.

Clica no link abaixo para abrires o guia na versão PDF

» » »  GuiaCOVID19

CALL CENTERS

SURTO PANDÉMICO COVID-19
ALGUMAS SITUAÇÕES E DÚVIDAS

 

Abra aqui o comunicado em formato PDF » » » 2020_2 CALL CENTERS

Nos Centros de contacto (Call Centers) da área das Comunicações de empresas como a Altice, a Nós, a Vodafone ou os CTT são inúmeras as empresas de Trabalho temporário e de aluguer de mão de obras (outsorse), onde trabalham milhares de trabalhadores.
Todos os dias, surgem dúvidas sobre a forma como estão a ser tomadas medidas, muitas vezes sem explicação lógica e avulsas, algumas vezes com a ameaça: “se não for assim podes ser dispensado”.

No mesmo local de trabalho (Edifício), as medidas de proteção, as decisões e ordens dirigidas aos trabalhadores (no mesmo serviço, mas contratados por ETT`s diferentes) estão a lançar a confusão, o receio no futuro, a insegurança nos trabalhadores.
Há neste momento, a trabalhar no mesmo local de trabalho, situações de prestação de serviço presencial, de teletrabalho, de recurso abusivo a férias, e redução do período normal de trabalho com equivalente redução da remuneração, e outra situações.
Algumas situações:

• Back office operações empresariais da Altice subcontratados à Randstad – aplicado lay off cerca de 60% dos trabalhadores a partir de 16/4/2020, trabalhadores informados telefonicamente a 14/04/2020 e 15/04/2020 informando que seria enviado um email.

• Lojas Altice Lisboa através da Intelcia – o lay off foi aplicado a uma grande parte dos trabalhadores desde 13/04/2020 e receberam a informação por mail.

O SNTCT ESTÁ ATENTO E A PRESTAR APOIO E ESCLARECIMENTO AOS SÓCIOS E RESTANTES TRABALHADORES.
EM CASO DE DÚVIDA, COMUNICA-NOS AS SITUAÇÕES PARA QUE O GABINETE JURÍDO DO SNTCT CLARIFICAR/RESOLVER.

www.sntct.pt – www.facebook.com/sntct

SNTCT – a força de continuarmos juntos!

 

UMA PÁSCOA O MELHOR POSSÍVEL PARA TODOS, MENOS PARA OS VAMPIROS DESTE PAÍS E DESTE MUNDO.

Estamos na Páscoa.

Independentemente das crenças de cada um(a) esta é habitualmente uma época de reencontro, de partilha, de amizade, de amor, do aconchego familiar.

Assim seria não nos tivesse trazido este Ano de 2020 uma Páscoa atípica e repleta de tristezas, medos, desconforto, solidão, dor, saudade, perdas e até algum desnorteio.

Nos hospitais e nas ruas, muitos em esforço quase sobre-humano, temos os Homens e as Mulheres das diversas áreas ligadas à saúde, à protecção e segurança da vida humana.

Médicos, Enfermeiros, Paramédicos, Auxiliares de Enfermagem, Auxiliares de Acção Médica, Bombeiros, Polícia e GNR, tudo fazem para salvarem e proteger aqueles que, por via do COVID-19 ou de qualquer outra circunstância, deles necessitam.

Além deles estão ainda os outros profissionais que, tal como eles, têm que continuar de pé mesmo que o Mundo fique de “pernas para o ar”; os trabalhadores dos outros Serviços Públicos Essenciais.

É assim que, entre tantos outros, estão os trabalhadores dos transportes, das comunicações, do sector alimentar, energia, águas e saneamento … e tantos outros que todos sabemos estarem a expor-se, na situação presente, a um risco superior de contágio e até de perderem a própria vida para servirem, para ajudarem, para alimentarem, para salvarem.

Entre eles permitam-nos destacar os Homens e as Mulheres das Comunicações, todas e todos que trabalham nos Correios, Telecomunicações e Actividades afins, o nosso sector de actividade.

Entre eles uma referência e uma saudação muito especial aos Carteiros e aos Distribuidores, aos trabalhadores das Estações de Correio, aos Trabalhadores do Tratamento e Transporte de Correio e Logística Postal, aos técnicos de manutenção e reparação de avarias e dos balcões e call centers dos operadores de Telecomunicações… todos eles a trabalharem para assegurarem o direito à comunicação deste Povo e ao seu contacto com o resto do Planeta.

Mas, além de todos estes Homens e Mulheres que até aqui temos referido e aos quais temos que agradecer serem o suporte da manutenção e da qualidade das nossas vidas, existem ainda todas as Trabalhadoras e todos os Trabalhadores de todos os outros Sectores de Actividade, aqueles não considerados como Serviços Públicos Essenciais.

Falamos aqui de Trabalhadoras e de Trabalhadores, dos Serviços Públicos Essenciais ou não, que, para sobreviverem e alimentarem as suas famílias têm que vender a força do seu trabalho braçal ou intelectual, aqueles que exercendo uma miríade de actividades, são o “sal” da vida deste País.

NÃO PODEMOS, COMO É ÓBVIO, DEIXARMOS DE AQUI REFERIR OS MILHARES DE TRABALHADORAS E DE TRABALHADORES QUE, NAS ÚLTIMAS TRÊS SEMANAS, TÊM VISTO O SEU SALÁRIO REDUZIDO A 2/3 OU, PIOR, TÊM VINDO A SER DESCARTADOS, LEIA-SE IGNOBILMENTE DESPEDIDOS.

DESPEDIDOS POR AQUELES QUE, ACUMULANDO RIQUEZA À CUSTA DO SEU SUOR, À CUSTA DOS SALÁRIOS MISERÁVEIS QUE LHES PAGAM E COM A CONIVÊNCIA E AMÉM DO PODER POLÍTICO INSTITUÍDO – EM BELÉM E EM SÃO BENTO – SÃO OS VAMPIROS DE QUEM ZECA AFONSO DIZIA CANTANDO, “ELES COMEM TUDO … E NÃO DEIXAM NADA…”.

A todas as Trabalhadoras e a todos os Trabalhadores Portugueses, uma Páscoa o melhor possível.

A todas as Trabalhadoras e a todos os Trabalhadores Portugueses descartados pelos vampiros, pelo capital sem rosto e todo o tipo de idênticos escroques.

Para essas Trabalhadoras e para esses Trabalhadores que hoje não sabem como colocar amanhã, na mesa lá de casa, a comida para os seus filhos, a nossa total e incondicional solidariedade.

Aos vampiros só podemos desejar que vão arder, lá bem no quinto dos infernos, conjuntamente com o dinheiro que sugaram aos seus Trabalhadores e às suas Trabalhadoras.

Aos vampiros, uma última nota… aqui vos deixamos a certeza de que, tal como o “Coelhinho da Páscoa”, as nossas “pilhas” nao se esgotam e, acreditem, não vos daremos tréguas na nossa luta.

SNTCT – A força de continuarmos juntos!

A Direcção Nacional do SNTCT

 

 

DIRECÇÃO NACIONAL DO SNTCT SUSPENDE A PARTIR DE AMANHÃ,
DIA 16 DE MARÇO DE 2020
TODAS AS ACTIVIDADES ANTERIORMENTE PROGRAMADAS
NAS EMPRESAS / LOCAIS DE TRABALHO

MAS ATENÇÃO:
OS DIRIGENTES DO SNTCT ESTARÃO EM TODOS OS LOCAIS DE TRABALHO
ONDE OS TRABALHADORES OS CHAMAREM E/OU A SUA PRESENÇA SE JUSTIFIQUE

 

A partir das 07H00 da manhã
estaremos na Sede e procuraremos dar resposta/ajuda a todas as questões que se nos colocarem, o telefone recordamos é:
21 842 89 00.

Durante o resto do dia
Através de todos os telefones do SNTCT
ou através dos
Telemóveis dos Dirigentes do SNTCT
ou, em alternativa,
email: sntct@sntct.pt


Lisboa, Sede do SNTCT, 20/03/2020
A Direcção Nacional do SNTCT

AUDIÇÃO NA AR SOBRE PETIÇÃO FECTRANS PARA A REDUÇÃO IDADE REFORMA DOSTRABALHADORES DOS TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

AUDIÇÃO PARLAMENTAR SOBRE
REDUÇÃO DA IDADE LEGAL DE REFORMA DOS TRABALHADORES DO SECTOR DE TRANSPORTES, COMUNICAÇÕES E TELECOMUNICAÇÕES PARA OS 55 ANOS

PETIÇÃO Nº 12/XIV/1

AUDIÇÃO NA COMISSÃO DE TRABALHO E SEGURANÇA SOCIAL DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA


Decorreu no passado dia 10 a Audição Parlamentar, em Sede de Comissão, sobre a Petição da FECTRANS – Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações, que exige a redução da idade legal da reforma/aposentação para os trabalhadores dos Transportes, Comunicações e Telecomunicações.

PETIÇÃO ESTA QUE, COMO É ÓBVIO, DIZ RESPEITO A TODOS OS TRABALHADORES REPRESENTADOS PELO SNTCT EM TODAS AS EMPRESAS DE CORREIOS, TELECOMUNICAÇÕES E ACTIVIDADES AFINS, INCLUINDO LOGÍSTICA E CALL CENTERS.

Da intervenção do Coordenador FECTRANS, José Manuel Oliveira, em nome da Delegação da FECTRANS àquela Audição, delegação que integrava também José Oliveira, do Executivo da Direcção Nacional do SNTCT e membro do Executivo da Direcção da Fectrans, deixamos aqui alguns excertos que serão, no todo da intervenção, mais relacionados com a abrangência da nossa representação:

 

“Senhores deputados,

As razões da FECTRANS ter avançado com a dinamização de uma petição com vista à redução da idade legal de reforma no sector dos transportes e comunicações, deve-se ao enorme sentimento verificado nos locais de trabalho, em que somos confrontados com um desgaste físico motivado pelas más condições de trabalho, os trabalhadores estão sujeitos a uma organização de trabalho com horários variáveis, e a laborar em situações anómalas.

O trabalho em laboração contínua e com horários com inúmeras variáveis, em que hoje se inicia o trabalho de manhã, no dia seguinte já pode ser de tarde e assim sucessivamente, está por demais identificado do ponto de vista médico, e suportado em estudos científicos, como a razão de muitos problemas de saúde graves que se agravam com o passar dos anos.

O Trabalho por Turnos e Horário Variáveis, na medida em que conduz a uma alteração, mais ou menos frequente, das horas de dormir, perturba os ritmos biológicos, potencia o aparecimento de doenças do foro oncológico, do sono e prejudica a vida social e familiar, trazendo inegáveis prejuízos para a saúde física e psíquica do trabalhador, levando a uma diminuição da produtividade e colocando em risco a segurança.

Por outro lado, o Trabalho Nocturno é um comprovado factor gerador de stress ocupacional, estando na origem da utilização excessiva de substâncias indutoras do sono, provocando, na maioria dos casos, uma ruptura na vida social e familiar dos trabalhadores, bem como um decréscimo na sua saúde.

Os efeitos prejudiciais na saúde e bem-estar do trabalhador sujeito ao regime de Trabalho por Turnos e/ou Trabalho Nocturno podem ter um alcance mais extenso do que a simples perturbação do sono e a fadiga crónica, podendo levar a perturbações do humor, ao surgimento ou agravamento de doenças cardiovasculares e gastrointestinais, à diminuição da esperança de vida, bem como afectar a função reprodutora da mulher.

Também as condições físicas onde se presta o trabalho são factores que originam uma degradação mais rápida das condições de vida e saúde dos trabalhadores.

… … …

A estes factores acresce uma rotatividade de horários de trabalho, um aumento da agressividade por parte dos utentes tendo em conta a degradação do serviço publico, a falta de operacionais, o que leva a um desgaste maior de quem trabalha, que não pode se ignorado, aliás em nossa opinião existe apenas uma solução para reduzir estes impactos, reduzir ao máximo o tempo de exposição dos trabalhadores a estes vectores indutores de risco clinico e psicossocial.

… … …

Trabalhar num guichet de atendimento presencial ou no atendimento ao cliente num call center, cerca de oito horas, muitas vezes sem pausas para descanso, produz efeitos de stress e logo de desgaste emocional e psíquico de difícil solução, tal como o afirmam diversos estudos da área da psicologia e psiquiatria.

Trabalhar na rua, em actividades de distribuição, por vezes com dezenas de quilómetros andados a pé, transportando pesos e subindo e descendo escadas, muitas vezes sob stress para cumprimento de giros/voltas, provoca desgaste psíquico e físico, sendo as doenças músculo-esqueléticas um dos efeitos mais comuns.

Também ao nível dos motoristas de transporte de passageiros e mercadorias, estes trabalhadores apresentam problemas de saúde preocupantes ao nível postural, de audição, de visão, e renais, devido aos ritmos de trabalho, aos locais onde prestam trabalho, o défice de ingestão de líquidos, por privação de acesso às instalações sanitárias se revela doloroso pelos maus tratos aos rins. Ao nível da audição somos ainda conhecedores de situações que estão identificadas pela exposição do auricular esquerdo junto da janela do condutor.

Uma parte significativa do trabalho nas diversas áreas de actividade é desempenhada com longos períodos de permanência em veículos, que expõem os trabalhadores a elevados valores de ruído, vibrações, e isolamento.

Salientamos que sobre as questões do ruido existem estudos que afirmam: “O ruído é um importante factor de risco para os trabalhadores, originando perturbações fisiológicas e psicológicas, assim como a sua segurança, ao mesmo tempo que diminui a qualidade do trabalho e a produtividade e as vibrações, tal como o ruído, também é um importante factor de risco para os trabalhadores, originando perturbações músculo-esqueléticas, neurológicas e vasculares, além de outras patologias.”

Estes são factores que não podem se ignorados, porque os trabalhadores não podem ser reduzidos a meras máquinas da produção, pelo que é necessário medidas que salvaguardem não só a sua integridade física e a sua saúde, mas que lhe permitam utilizar tempo da sua vida com qualidade.

Esta é uma realidade que aos poucos começa a ser reconhecida, como é o facto de ter sido discutida a possibilidade de acordo entre as administrações portuárias e os sindicatos, reconhece a necessidade de reduzir a idade de reforma para os pilotos, tendo em conta o desgaste a que são submetidos.

Tendo em conta a quem se dirige a actividade prestada neste sector, este é também um problema de segurança de pessoas e bens que será posta em causa quanto mais se degradarem as condições físicas e de saúde dos trabalhadores.

Por último, seja qual for o resultado desta petição, poderão saber que iremos continuar com esta luta, porque entendemos que os trabalhadores não podem morrer a trabalhar.

10 de Março de 2020

Em nome da Delegação da Fectrans
José Manuel Oliveira
Coordenador da FECTRANS “

Nota: Nas zonas do texto em que se encontram reticências significa que foram cortados parágrafos referentes especificamente ao sector dos transportes, tal como o 8º e 9º parágrafos são mais específicos para as comunicações, telecomunicações e actividades afins.

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