ALTICE NA PT PORTUGAL
SETE ANOS DE “TERROR LABORAL”
Abre aqui o comunicado em PDF » » » Comunicado Frente Sindical_Altice em Portugal Sete anos de terror laboral
Recordatório. Nunca é demais relembrar o que tem sido a Gestão da Altice desde que comprou a saudosa PT, cuja gestão tem sido recordista em “terror laboral” e outros aspectos, o que se comprova através de inúmeros exemplos dos quais destacamos:
- Exploração dos trabalhadores em tudo o que pode, retirando direitos, negando sistematicamente aumentos salariais e movimentos de evolução profissional (progressões/promoções) quer em número quer em critérios justos e transparentes.
- Transmissão de Estabelecimento, cujo “desastre empresarial”, só foi travado através de poderosas lutas.
- Criminoso, injusto e desumano despedimento colectivo, coisa nunca vista nem praticada em todo o tempo de existência das empresas que deram origem à PT.
- Brutal e injustificado ataque sem precedentes aos Planos de Saúde (ACS).
- Assédio laboral, trabalhadores emprateleirados, sem funções, cujo processo deu origem a “coimas aplicadas pela ACT”, cujo montante foi superior a 5 milhões de Euros, certamente um record empresarial em Portugal.
- Muitas multas (Tribunal da Concorrência da EU, AdC e Anacom), e ainda recente mais uma multa de 829 mil Euros, aplicada pela ANACOM, por falta de conservação às Cabines Telefónicas.
Em termos de conservação e manutenção do património, dos equipamentos, dos traçados telefónicos, muitas mais multas haverá para aplicar, porque a “gestão da empresa” é conduzida no sentido de só investir no que pode dar lucro imediato, pois é esse que corre para os cofres “ilimitadamente gananciosos” do accionista.
- Venda de tudo o que vai sendo possível, desde as Torres das Antenas, à Rede de Fibra óptica, ao Património que não se sabe quantos edifícios já foram vendidos, incluindo edifícios emblemáticos, porque estes donos só pensam na forma retirar valor à empresa e realizar dinheiro vivo.
Quanto aos aumentos salariais para os trabalhadores, a gestão da Altice, deve viver noutro mundo que não Portugal, porque quem cá vive, sabe e sente o valor da inflação galopante de forma imparável.
A Gestão da Altice devia ter em conta, que os aumentos salariais aplicados em Janeiro de 2022, já na altura muito insuficientes, rapidamente foram absorvidos pelo aumento do custo de vida ao longo do ano.
Foi por isso que a Frente Sindical, em Junho deste ano apresentou uma Proposta de Aumentos intercalares, que se relembra:
- 50€ de aumento para todos os trabalhadores;
- Salário mínimo na empresa de 850€.
Se em Junho esta proposta era justíssima, tornou-se ainda mais à medida que o tempo foi passando e a inflação galopando.
Insensível a esta realidade, em 24 de Julho, a DRH comunicou aos Sindicatos da Frente Sindical que a empresa não aceitava os aumentos propostos, mas em 25 de Julho, a CEO da Altice, em reunião com os Sindicatos, quando questionada sobre a nossa Proposta, comunicou-nos que o tema estava em estudo, e disse que alguma coisa tinha que acontecer.
Com o passar do tempo e sem resposta da Altice, a Frente Sindical em Setembro voltou a questionar a CEO para saber se já havia resultado do estudo da nossa proposta e que esperava que esse resultado fosse no sentido da sua aceitação.
Na continuação do estilo de gestão “anti-trabalhadores”, a DRH e não a CEO, enviou aos Sindicatos da Frente Sindical, uma resposta da qual se transcreve o seu ponto mais “provocatório”.
“No que respeita especificamente aos trabalhadores, o acompanhamento é realizado através de análises comparativas com o mercado, por forma a que se possa atuar nas situações de maior criticidade. Nesse sentido, temos vindo a proceder a diversas revisões salariais, as quais terão impacto, sobretudo, no 4º trimestre, não estando, de momento, previstas atualizações salariais generalizadas”.
Este comportamento poderia ser praticado por exemplo na “República Dominicana”, onde não há Contratação Colectiva, mas na Altice existe um ACT e os aumentos salariais têm que ser negociados com os sindicatos e não aplicados “cegamente” por decisão discricionária da Gestão.
Conciliação. Face a esta atitude “reprovável e provocatória” da Gestão da Altice, os Sindicatos da Frente Sindical, decidiram passar o processo para a fase de Conciliação e esta foi solicitada em 29 de Setembro.
A DGERT, logo no dia 30 de Setembro, marcou a 1ª reunião de Conciliação para o dia 20 de Outubro, mas a DRH (cujo pessoal deve andar muito ocupado com as “malfeitorias” que vão inventando contra os trabalhadores, comunicou a estes serviços, que nesse dia não pode participar e então a reunião foi reagendada para o dia 2 de Novembro.
Vamos ver qual o comportamento da Altice e se a Gestão desta consegue perceber, que os trabalhadores têm neste momento cerca de 10% a menos no seu salário líquido no fim de cada mês e nesse sentido se disponibiliza para aceitar a Proposta de Frente Sindical.
COMEX DA ALTICE/ACS SÃO MAIS “PAPISTAS QUE O PAPA” OU DESMASCARADOS PROCURARAM EMENDAR A MÃO?
Assim que o governo anunciou que ia atribuir aos aposentados/reformados o valor de mais ½ pensão em Outubro, como medida extraordinária de apoios aos pensionistas, a Altice/ACS “correu” logo a aplicar na quota dos beneficiários do Plano de Saúde Clássico aposentados da CGA, 1.8% também sobre o valor da meia pensão atribuída (por mero acaso não aplicou aos beneficiários do Plano de Saúde Clássico reformados porque a Segurança Social quando pagou a pensão de Outubro, dia 9/10, já estes tinham pago a quota do Plano Clássico à Altice/ACS).
Após denúncia da Frente Sindical e do envio de várias reclamações e telefonemas dos beneficiários lesados, a ACS veio finalmente assumir que este pagamento de mais 50% da quota (se mensalmente paga 20 euros em Outubro pagará 30 euros) é um erro e que vai devolver esse adicional, abatendo na quota de Novembro o “saque indevido” que contudo irá ser retirado lá para dia 20/10).
No mínimo devem um pedido de desculpa aos Beneficiários e à Frente Sindical, mas esse comportamento não consta no ADN na Gestão da Altice/ACS.
O AUMENTO DAS TAXAS DE JURO PRESSIONA DONOS DA EMPRESA
A DIVIDA ASTRONÓMICA DA ALTICE, NÃO É CULPA DOS TRABALHADORES
Recentemente, a Comunicação Social, divulgou dados sobre as dívidas astronómicas (talvez impagáveis) da Altice USA e Altice Europa, 24 biliões de dólares de dívida relativa às empresas nos EUA, 23,5 biliões de dólares de dívida relativa à SFR de França e a pressão sentida com o aumento expressivo das taxas de juro.
Em relação a Portugal, Israel, República Dominicana e Inglaterra, a comunicação Social não divulgou dados, mas certamente que a situação não será mais risonha.
Mas este é um problema que resulta da “megalomania” do dono da Altice, com o qual ele se tem que entender e daí não podem resultar consequências para os trabalhadores.
É POR TUDO ISTO, QUE HÁ MUITO TEMPO A FRENTE SINDICAL VEM AFIRMANDO.
ESTA É A ALTICE QUE NÃO QUEREMOS EM PORTUGAL.
QUE MARCHEM QUANTO ANTES.
Lisboa, 13 de Outubro de 2022
SINTTAV – SNTCT – STT – FE – SINQUADROS
