ALTICE – COMUNICADO CONJUNTO DE 1 DE OUTUBRO DE 2020

NEGOCIAÇÃO DO ACT ALTICE PORTUGAL
PROCESSO DEVERÁ SER RETOMADO EM OUTUBRO
SEM AUMENTOS SALARIAIS NÃO HÁ ACORDO!
ABRE AQUI O COMUNICADO EM VERSÃO pdf: COMUNICADO CONJUNTO ALTICE 1 OUTUBRO 2020
No seguimento do compromisso assumido e depois deste interregno, o processo negocial deverá ser retomado durante o mês de Outubro.
Para que não restem dúvidas a Frente Sindical volta a reafirmar que todas a suas propostas entregues à empresa durante o processo negocial e que têm sido comunicadas aos trabalhadores, se mantêm sem alteração.
Reafirmamos, também que não abdicamos de aumentos salariais para todos!
Para a Frente Sindical os compromissos que tinham sido assumidos pela gestão, nomeadamente a atribuição de um valor pecuniário a todos, referente ao ano de 2019, terão que ser cumpridos. Não aceitamos recuos. Há um ditado popular que diz “palavra dada é palavra honrada”, esta tem que ser a prática de todos, incluindo da gestão da Altice.
A Altice não pode ter dois discursos distintos, um para a comunicação social, no qual parece que é tudo um mar de rosas (investimento, patrocínios, compra de acções, etc.) e outro discurso para dentro da empresa, no qual as dificuldades são muitas e que os efeitos da COVID são um entrave às reivindicações dos trabalhadores.
Os trabalhadores são o motor das empresas do grupo Altice Portugal e como tal não podem, mais uma vez, deixar de ter o reconhecimento e a valorização através do aumento real do salários e melhores condições laborais.
Para a Frente Sindical é ponto de honra que a Avaliação de Desempenho implique evolução profissional em termos concretos. Não podemos permitir que cerca 80% dos trabalhadores não tenham qualquer movimento de progressão ou de promoção pelo menos há 10 anos, se analisarmos nos últimos 7 anos o número pouco baixa.
RETIRADA DE ALTICE EUROPA DO MERCADO DE CAPITAIS (HOLANDA)
UM NEGÓCIO DE MUITOS MILHÕES PARA OS BOLSOS DO PATRÃO
Através da Comunicação Social, tivemos conhecimento que o Sr. Patrick Drahi está empenhado em lançar uma operação financeira, que envolve mais de 2,5 mil milhões de euros, de modo a retirar as ações da Altice Europa (dona da Altice Portugal) da Bolsa de Amesterdão. Esta operação teve logo o apoio público do CEO da Altice Portugal. Este tipo de operações visam unicamente encher os bolsos dos accionistas maioritários, pois ficam com o controlo total das empresas e com mãos livres para, à custa da “sangria” dos ativos (venda de património, distribuição de dividendos, etc.) e do esmagamento dos custos do factor trabalho, pagar estes financiamentos com o chamado “pêlo do cão”. Lembram-se das vendas de Zeinal Bava (Marrocos, Macau, Brasil – VIVO). Lembram-se do que nos aconteceu! Nós não esquecemos. Será que estamos no mesmo caminho? Responda quem souber…
Claro que este tipo de negociatas, não trás vantagem para os trabalhadores, nem para as empresas, mas enriquece ainda mais os homens de mão. Segundo um estudo do Bank of América publicado em Junho o director-geral da Altice Europa, Alain Weill é o chefe de telecomunicações mais bem pago de França e o 2º mais bem pago da Europa. Como será na COMEX da Altice Portugal?
A Frente Sindical tem de combater estas estratégias de concentração da riqueza produzida. Não podemos aceitar que haja dinheiro (milhões) para os “patrões” e migalhas ou “peva” para quem trabalha.
PACOTE DE COMUNICAÇÕES PARA OS TRABALHADORES DO ATIVO DAS EMPRESAS DA ALTICE PORTUGAL
OUTRA VEZ A POLÍTICA DO FACTO CONSUMADO
Recentemente foram anunciadas algumas alterações para o pacote de comunicações dos trabalhadores com efeitos na fatura de Setembro (paga em Outubro). Algumas sugestões da Frente Sindical foram aceites, mas a maior parte delas não foi.
Para os trabalhadores que ganham até 15.000 euros de Total Pecuniário Anual houve uma redução 5 euros por mês excepto no 3P que foi de 4 euros.
Para quem tem cartões móveis adicionais (M4O e M5O) desconto de 50%. Fica cada, até ao máximo de 4 (até 2 são gratuitos) a 6.95 por mês.
Atribuição de um telemóvel ou de um “voucher” de 300 euros (podendo ser substituído ao fim de 36 meses) a todos os trabalhadores que não tinham telemóvel de serviço.
No dia 22 de Julho, a Proposta global que a Frente Sindical apresentou, tem incluída uma proposta concreta sobre o “pacote comunicações”, a MEO nem sequer respondeu a agora divulga uma decisão sem discutir com os Sindicatos.
Isto não é negociar, é a prática continuada da política do facto consumado, como se a Gestão da MEO fosse dona e senhora do processo negocial. Assim não vamos lá.
A Frente Sindical vai continuar a tentar melhorar as condições, reivindicando o alargamento do desconto mensal dos 5 euros para todos os trabalhadores e o desconto nos telemóveis adicionais para os trabalhadores em contrato de suspensos, pré-reforma ou na reforma/aposentação (é preciso evitar que mudem os cartões móveis adicionais para a concorrência).
A FRENTE SINDICAL EXIGE UM PROCESSO NEGOCIAL SÉRIO
NÃO ACEITAMOS IMPOSIÇÕES. ATRÁS DE TEMPOS, TEMPOS VEÊM.
1 de Outubro de 2020
SINTTAV – STPT – SNTCT – STT – SINQUADROS – FE