Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações

COMUNICADO CONJUNTO EMPRESAS TRABALHO TEMPORÁRIO / OUTSOURCING

ESCLARECER, ORGANIZAR E MOBILIZAR OS TRABALHADORES PARA A LUTA CONTRA A EXPLORAÇÃO SEM LIMITES, É A TAREFA FUNDAMENTAL DOS SINDICATOS.

Abra aqui a versão PDF deste comunicado: COMUNICADO_20190926
REALIDADE. A exploração dos trabalhadores do atendimento tanto para o sector das Telecomunicações/Comunicações, como para outros, surgiu no Século passado e continua neste, em crescendo, através de Empresas todas elas Multinacionais, que utilizam o recurso à contratação de serviços fundamentais ao funcionamento das empresas.
Os trabalhadores são contratados para as Empresas de Trabalho Temporário ou Outsourcing, que como se sabe, numa ou outra destas situações, a exploração atinge os limites da escravatura laboral.
Os trabalhadores nestas empresas não têm direitos, só o dever de trabalhar.
Entretanto as multinacionais continuam a enriquecer de forma exponencial, um estudo da UNI revela que estas multinacionais são hoje uma das maiores fontes de enriquecimento à conta de quem é explorado.
No sector das Comunicações/Telecomunicações, as empresas detentoras dos serviços que contratam com as multinacionais, sejam eles “core business, Call Centers, BackOffices ou lojas”, são a Altice, a Nós e a Vodafone, que através deste esquema fogem às suas responsabilidades para com os trabalhadores que para elas trabalham a baixo custo, prejudicando também a Segurança Social, sem que o Governo mexa uma palha para alterar a situação, cujo exemplo ficou bem evidente nas propostas aprovadas no final da legislatura, agravando ainda mais a situação com a conivência da UGT, com o aumento do período experimental para 180 dias.
ESTE TIPO DE EXPLORAÇÃO TEM QUE ACABAR
ENTÃO NÓS PERGUNTAMOS:
• Esses serviços não são fundamentais ao funcionamento das Empresas?
• Os trabalhadores não têm o direito a um emprego digno e com direitos?
• Estes trabalhadores não têm o direito de pertencer aos quadros dessas Empresas?
• Não têm o direito de receber o mesmo salário e iguais regalias?
CLARO QUE SIM
Por exemplo, a Altice/MEO, (ex- PT), tem um Acordo Colectivo de Trabalho (ACT), que estipula os direitos, os vencimentos, o acesso ao Plano de Saúde e demais regalias, negociado com os Sindicatos.
Então os trabalhadores da Manpower, da Randstad e outras que efectivamente prestam serviço para esta, não deveriam pertencer aos quadros da Altice, e serem abrangidos pelo mesmo ACT?
CLARO QUE SIM
SINTTAV – SNTCT – SIESI
Na Nós e na Vodafone, empresas onde ainda não existe contratação colectiva e por isso se encontram sujeitas à Lei Geral (Código de Trabalho), mas que os trabalhadores efectivos dessas mesmas empresas, auferem salários e outras condições remuneratórias e direitos muito superiores aos trabalhadores das empresas que proliferam nos Call Centers, BackOfice e Lojas, estes não têm o direito de ser tratados por igual?
CLARO QUE SIM
POR ISSO OS SINDICATOS SUBSCRITORES DESTE COMUNICADO, DECIDIRAM REALIZAR PLENÁRIOS PARA ESCLARECER E MOBILIZAR OS TRABALHADORES PARA A LUTA, QUE É A ÚNICA RESPOSTA PARA AS MULTINACIONAIS QUE NÃO SABEM NEM QUEREM SABER O QUE É O DIÁLOGO SOCIAL.
AS CONVOCATÓRIAS PARA OS PLENÁRIOS SERÃO AFIXADAS ATEMPADAMENTE EM CADA LOCAL ONDE ESTES SE IRÃO REALIZAR.
Nesta fase da LUTA, as principais reivindicações são as seguintes:
1. AUMENTO SALARIAL
2. MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO
3. INTEGRAÇÃO NOS QUADROS EFECTIVOS DAS EMPRESAS OPERADORAS
É para discutir, sensibilizar e mobilizar os trabalhadores para as LUTAS que vão ser necessárias na defesa destas reivindicações, que estes Sindicatos, com o apoio, seja local, sectorial ou nacional da CGTP-IN levarão a cabo sessões de esclarecimento e Plenários de trabalhadores.


LUTAS
No contexto actual, no mês de Outubro vão ser realizadas diversas acções de luta que podem vir a desembocar numa GREVE nas ETT que trabalham para as Telecomunicações (MEO/ALTICE, NOS e VODAFONE) e eventualmente outras.
Lisboa, 30 de Setembro de 2019


Lisboa, 30 de Setembro de 2019

SINTTAV _ SNTCT _ SIESI

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